A notícia é triste por já ser uma perda em si. Os textos dele me serviam de fonte para este blog e outras atividades e, particularmente, gostava muito de ler o que ele escrevia, acredito que ele fazia um bom trabalho. Mas o fato é ainda pior quando se observa o porquê de sua saída: segundo o Observatório, Mário deixou o cargo e encerrou sua permanência de um ano na função porque a Folha teria feito a exigência de que suas críticas não fossem mais publicadas on-line.
Uma perda em todos os sentidos, e um retrocesso, um atraso, uma venda nos olhos. A Folha abre mão da transparência e condiciona os leitores a não saber dos seus erros e acertos -- "os comentários produzidos pelo ombudsman durante a semana só poderão ser conhecidos por audiência restrita, de funcionários do jornal e da empresa, que os recebe por correio eletrônico. Os leitores perdem o direito", escreve o ex-ombudsman na sua última crítica. Mário Magalhães não concordou com a exigência e saiu. Em defesa do bom jornalismo, sua atitude não poderia ser outra. Quem perde, em todos os aspectos, é a Folha.
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