Matéria da G1 desta quinta-feira atualizando a prisão do repórter da Rede Record, Roberto Cabrini. A polícia encontrou cocaína no seu carro. (foto: Carolina Iskandarian/G1)
O repórter Roberto Cabrini deixou o 13º Distrito Policial, na Casa Verde, Zona Norte de São Paulo, por volta das 20h30 desta quinta-feira (17). Com a barba por fazer e aparentando cansaço, Cabrini disse que pretende retomar seu trabalho normalmente e "com a mesma coragem de sempre".
O Tribunal de Justiça de São Paulo deu sentença favorável ao pedido da defesa do repórter para relaxamento do flagrante. Ele havia sido detido na terça-feira sob suspeita de tráfico de drogas. Em seu carro foram encontrados 10 papelotes de cocaína, de acordo com a Polícia Civil.
Questionado sobre quem era mulher que o acompanhava no dia da prisão, Cabrini respondeu: "é apenas uma fonte", acrescentando que durante o inquérito vai ficar muito claro o papel da mulher nesse caso.
O advogado de Cabrini, Alberto Zacharias Toron, comemorou a decisão da Justiça. "Para nós, fica claro que isso tudo não passou de armação. Tenho certeza de que as coisas ficarão esclarecidas." Apesar das circunstâncias, Cabrini estava satisfeito, de acordo com seu advogado. "Ele está abalado, mas feliz quanto ao reconhecimento da Justiça de não que ele não é um traficante." Segundo Toron, o repórter foi bem tratado na delegacia, onde dividiu uma cela com outros sete presos.
De acordo com Renato Martins, um dos advogados do jornalista, o pedido de libertação foi feito na quarta-feira (16). A defesa alega que a droga encontrada no carro de Cabrini foi colocada no local com o objetivo de incriminá-lo.
Ainda segundo o advogado, o pedido de liberdade provisória foi baseado “na absoluta falta de necessidade de uma prisão cautelar”. “Ele trabalha em São Paulo, tem família e filhos aqui. Não há riscos de ele querer fugir”, afirma o advogado.
Defesa
Na noite de quarta, Toron havia afirmado que o jornalista foi vítima de uma cilada armada por uma fonte. “Era uma fonte dele. Ele desenvolvia um trabalho de natureza investigativa. Ela marcou, depois foram para outro local. Mal chegaram nesse outro local, os policiais já vieram e encontraram os papelotes. Do lado dela, diga-se de passagem”, afirmou, referindo-se à mulher que foi detida junto com o jornalista e, depois de ouvida na delegacia, acabou liberada.
Segundo Toron, a fonte teria ligação com a quadrilha que age a partir dos presídios de São Paulo. No passado, essa mesma mulher teria chantageado e ameaçado o jornalista. Cabrini, ainda de acordo com Toron, teria mantido o relacionamento porque a mulher prometeu enviar um material “a respeito do trabalho que ele desenvolvia”.
O advogado diz que “existe algo estranho” no fato de a mulher ter sido libertada logo após ser ouvida na delegacia. “Curiosamente, esta mulher, que tem antecedentes, foi colocada em liberdade, sem maiores constrangimentos, e foi ouvida como testemunha. Eu acho que existe aí algo estranho que precisa ser apurado.”
Cabrini foi repórter na Rede Globo em diversos períodos, o último deles encerrado em 2001. Depois, passou pelo SBT e pela TV Bandeirantes.
Prisão
O boletim de ocorrência registra que policiais que investigavam uma denúncia de tráfico de drogas na periferia da Zona Sul suspeitaram do carro em que estava o jornalista. Quando parou no estacionamento de uma padaria, Cabrini foi abordado. Exames feitos no Instituto Médico-Legal (IML) confirmaram que os papelotes tinham mesmo cocaína.
A mulher que estava com o jornalista carregava um pen-drive, um dispositivo de memória de computador que continha imagens comprometedoras do repórter. Segundo a polícia, o jornalista não quis ver as imagens na delegacia, nem se pronunciar sobre elas.
Aos policiais, Cabrini negou ser usuário de cocaína e disse que estava trabalhando numa reportagem. Em nota, a Rede Record afirmou que a área de jornalismo da empresa tinha o registro interno de que Roberto Cabrini estava desenvolvendo uma reportagem de caráter investigativo.
Por negar ser usuário de cocaína, Cabrini foi autuado em flagrante por tráfico de drogas. O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo declarou, em nota, que acredita na inocência do repórter e que a detenção dele foi um equívoco.
O repórter Roberto Cabrini deixou o 13º Distrito Policial, na Casa Verde, Zona Norte de São Paulo, por volta das 20h30 desta quinta-feira (17). Com a barba por fazer e aparentando cansaço, Cabrini disse que pretende retomar seu trabalho normalmente e "com a mesma coragem de sempre".
O Tribunal de Justiça de São Paulo deu sentença favorável ao pedido da defesa do repórter para relaxamento do flagrante. Ele havia sido detido na terça-feira sob suspeita de tráfico de drogas. Em seu carro foram encontrados 10 papelotes de cocaína, de acordo com a Polícia Civil.
Questionado sobre quem era mulher que o acompanhava no dia da prisão, Cabrini respondeu: "é apenas uma fonte", acrescentando que durante o inquérito vai ficar muito claro o papel da mulher nesse caso.
O advogado de Cabrini, Alberto Zacharias Toron, comemorou a decisão da Justiça. "Para nós, fica claro que isso tudo não passou de armação. Tenho certeza de que as coisas ficarão esclarecidas." Apesar das circunstâncias, Cabrini estava satisfeito, de acordo com seu advogado. "Ele está abalado, mas feliz quanto ao reconhecimento da Justiça de não que ele não é um traficante." Segundo Toron, o repórter foi bem tratado na delegacia, onde dividiu uma cela com outros sete presos.
De acordo com Renato Martins, um dos advogados do jornalista, o pedido de libertação foi feito na quarta-feira (16). A defesa alega que a droga encontrada no carro de Cabrini foi colocada no local com o objetivo de incriminá-lo.
Ainda segundo o advogado, o pedido de liberdade provisória foi baseado “na absoluta falta de necessidade de uma prisão cautelar”. “Ele trabalha em São Paulo, tem família e filhos aqui. Não há riscos de ele querer fugir”, afirma o advogado.
Defesa
Na noite de quarta, Toron havia afirmado que o jornalista foi vítima de uma cilada armada por uma fonte. “Era uma fonte dele. Ele desenvolvia um trabalho de natureza investigativa. Ela marcou, depois foram para outro local. Mal chegaram nesse outro local, os policiais já vieram e encontraram os papelotes. Do lado dela, diga-se de passagem”, afirmou, referindo-se à mulher que foi detida junto com o jornalista e, depois de ouvida na delegacia, acabou liberada.
Segundo Toron, a fonte teria ligação com a quadrilha que age a partir dos presídios de São Paulo. No passado, essa mesma mulher teria chantageado e ameaçado o jornalista. Cabrini, ainda de acordo com Toron, teria mantido o relacionamento porque a mulher prometeu enviar um material “a respeito do trabalho que ele desenvolvia”.
O advogado diz que “existe algo estranho” no fato de a mulher ter sido libertada logo após ser ouvida na delegacia. “Curiosamente, esta mulher, que tem antecedentes, foi colocada em liberdade, sem maiores constrangimentos, e foi ouvida como testemunha. Eu acho que existe aí algo estranho que precisa ser apurado.”
Cabrini foi repórter na Rede Globo em diversos períodos, o último deles encerrado em 2001. Depois, passou pelo SBT e pela TV Bandeirantes.
Prisão
O boletim de ocorrência registra que policiais que investigavam uma denúncia de tráfico de drogas na periferia da Zona Sul suspeitaram do carro em que estava o jornalista. Quando parou no estacionamento de uma padaria, Cabrini foi abordado. Exames feitos no Instituto Médico-Legal (IML) confirmaram que os papelotes tinham mesmo cocaína.
A mulher que estava com o jornalista carregava um pen-drive, um dispositivo de memória de computador que continha imagens comprometedoras do repórter. Segundo a polícia, o jornalista não quis ver as imagens na delegacia, nem se pronunciar sobre elas.
Aos policiais, Cabrini negou ser usuário de cocaína e disse que estava trabalhando numa reportagem. Em nota, a Rede Record afirmou que a área de jornalismo da empresa tinha o registro interno de que Roberto Cabrini estava desenvolvendo uma reportagem de caráter investigativo.
Por negar ser usuário de cocaína, Cabrini foi autuado em flagrante por tráfico de drogas. O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo declarou, em nota, que acredita na inocência do repórter e que a detenção dele foi um equívoco.
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