segunda-feira, 19 de maio de 2008

Eles também metem a língua na imprensa

A cobertura do Caso Isabella teve sua função social, mas deixou muitos descontentes...

Associação de juízes critica privilégio à imprensa na investigação de assassinato de menina
* Por Marcelo Soares, no Knight Center for Journalism in the Americas

A Associação Juízes e Democracia criticou em nota o privilégio dado à imprensa na investigação do assassinato da menina Isabela Nardoni, segundo o Blog do Frederico Vasconcelos. Os acusados pela morte da menina, que foi sufocada e jogada do sexto andar, são o pai e a madrasta. Os dois estão presos e, de acordo com a Folha de S.Paulo, são hostilizados por outros detentos. Ambos afirmam ser inocentes.

A nota da AJD afirma que a defesa dos acusados é prejudicada pela forma como o caso é coberto. "Viu-se que os atos investigatórios davam um tratamento privilegiado para os órgãos da imprensa, que por sua vez construíram a notícia da tragédia, sempre apontando a responsabilidade aos investigados, e divulgando peças da investigação como se tivessem acesso privilegiado às mesmas, ferindo assim os direitos fundamentais dos investigados", diz o texto.

O assassinato da menina, no final de março, causou comoção no Brasil inteiro e um mês e meio depois ainda ocupa boa parte dos telejornais. No final de abril, um levantamento mostrou aumento de 46% na audiência das emissoras de TV com o noticiário sobre o caso. Neste domingo, segundo a Folha, a entrevista exclusiva com a mãe da menina deu ao programa "Fantástico" sua maior audiência do ano.

Clique aqui e confira a nota da ADJ na íntegra.

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