Pelo menos o discurso acima foi utilizado por cientistas e muitos jornalistas no lançamento do LHC, o Grande Colisor de Hádrons (Large Hadron Collider, em inglês). O projeto é o maior acelerador de partículas já criado, e simula as condições no momento da criação do universo. Em plena velocidade, o LHC gerará 600 milhões de colisões por segundo entre partículas subatômicas chamadas prótons, que explodirão em novas partículas até agora não observadas.
O LHC tem como principal objetivo encontrar uma partícula chamada Bóson de Higgs, que esplicaria porque tudo neste universo é feito de massa. Ele também quer investigar se há outras dimensões espaciais além das três já conhecidas, e como o universo evoluiu.
Por trás de todos os aparatos, não se pode negar: muitas promessas de avanços e descobertas. E, com o perdão do trocadilho, num gasto astronômico: 3 bilhões de euros. Gasto não; investimento, os defensores dizem.
A mídia comprou bonito a idéia. Colocaram o LHC num patamar elevadíssimo por tudo que ele representa e quer descobrir. Sem dúvida, numa fizemos um projeto com este. Mas muitos de nós fomos acríticos ao lidar com ele. Países europeus se juntaram pela causa do LHC facilmente, e formaram este orçamento bilionário. No entanto, uma série de problemas priores assola o planeta (não o universo, ainda) e nós só conseguimos tomar atitudes medíocres diante disto.'
Um exemplo: a África, apesar de toda a sua beleza, virou o continente símbolo do atraso, dos doentes e da guerra. Países desenvolvidos financiam suas mortes, e fecham os olhos para a miséria e as doenças. Podemos fomentar a ciência, mas como nos considerarmos bons investidores em ciência sem sermos bons humanos? O cientetista / investidor deve ser humano, antes de tudo.
A imprensa deveria ter levantado a questão: porque se investe tanto nisso e é tão difícil coçar o bolso para questões sociais? Estamos acabando com o nosso planeta (isso enquanto a própria natureza não se revolta), e não gastamos 3 bilhões de euros numa solução pra isso. E detalhe: o dinheiro foi para uma máquina que só volta a funcionar a partir do segundo semestre de 2009, por causa de um vazamento de hélio. Tanto para tão pouco...
O LHC tem como principal objetivo encontrar uma partícula chamada Bóson de Higgs, que esplicaria porque tudo neste universo é feito de massa. Ele também quer investigar se há outras dimensões espaciais além das três já conhecidas, e como o universo evoluiu.
Por trás de todos os aparatos, não se pode negar: muitas promessas de avanços e descobertas. E, com o perdão do trocadilho, num gasto astronômico: 3 bilhões de euros. Gasto não; investimento, os defensores dizem.
A mídia comprou bonito a idéia. Colocaram o LHC num patamar elevadíssimo por tudo que ele representa e quer descobrir. Sem dúvida, numa fizemos um projeto com este. Mas muitos de nós fomos acríticos ao lidar com ele. Países europeus se juntaram pela causa do LHC facilmente, e formaram este orçamento bilionário. No entanto, uma série de problemas priores assola o planeta (não o universo, ainda) e nós só conseguimos tomar atitudes medíocres diante disto.'
Um exemplo: a África, apesar de toda a sua beleza, virou o continente símbolo do atraso, dos doentes e da guerra. Países desenvolvidos financiam suas mortes, e fecham os olhos para a miséria e as doenças. Podemos fomentar a ciência, mas como nos considerarmos bons investidores em ciência sem sermos bons humanos? O cientetista / investidor deve ser humano, antes de tudo.
A imprensa deveria ter levantado a questão: porque se investe tanto nisso e é tão difícil coçar o bolso para questões sociais? Estamos acabando com o nosso planeta (isso enquanto a própria natureza não se revolta), e não gastamos 3 bilhões de euros numa solução pra isso. E detalhe: o dinheiro foi para uma máquina que só volta a funcionar a partir do segundo semestre de 2009, por causa de um vazamento de hélio. Tanto para tão pouco...