O Jornal Nacional tem uma proposta de sempre finalizar as edições, quando possível, com matérias mais leves, engraçadas, curiosas ou emcionantes. Trata-se de uma forma de servir de intermédio para o entretenimento da novela das nove.
Na última terça-feira (24), o Jornal Nacional encerrou a edição seguindo o formato típico. Ele trouxe a história de Eduardo Purper, um estudante de jornalismo gaúcho. Ele tem paralisia cerebral e estava prestes a se formar no curso. Como todo jovem com o problema, ele tem limitações: não escreve, não anda e quase não enxerga. Ainda assim, enfrentou -- e bem -- o desafio de se formar como jornalista.
A matéria é sóbria. Não foge à emoção do tema, mas não vem carregada de clichês e palavras dramáticas. E a história é um exemplo de vida, vale a pena conferir:
sexta-feira, 27 de junho de 2008
sábado, 21 de junho de 2008
Falha Nossa: JN no mudo
É, os últimos dias não têm sido muito legais para os telejornais da Rede Globo. O Jornal Nacional vem para a nossa categoria Falha Nossa com um problema de áudio que deve ter feito William Bonner, como editor-chefe do JN, se remexer todo sem sair do lugar nem desmontar o sorriso. O problema aconteceu na edição do dia 19 de junho. Confira no vídeo abaixo que, é claro, foi parar no YouTube (o que é que este povo faz que fica com o gravador no rec o tempo todo, hein?) :
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Jornal Hoje: ops, falhas nossas!
Estreando a editoria Falha Nossa, do Metalíngua na Imprensa, o Jornal Hoje do último sábado 07 (sim, este post veio 'um pouco' atrasado): o telejornal foi líder de audiência... no YouTube. O programa veio com vários erros que muita gente atribuiu somente a apresentadora do dia, Zileide Silva.
Na primeira seqüência, a pior de todas, ela volta muito mal de uma matéria: se perde e demora uns 30 segundos -- uma eternidade no telejornalismo -- para se encontrar e, ainda assim, insegura e com um olho arregalado de dar dó. Provavelmente ela não estava companhando o TP ou o espelho do jornal. O resultado é que ela assume que se perdeu e ainda solta um "gente, não dá!" no meio do mico, provavelmente ouvindo três vozes ao mesmo tempo no ponto do ouvido.
O segundo erro é quando ela chama uma matéria sobre o cantor David Byrne (lendo errado o nome dele), mas entra um VT do Dia dos Namorados... não foi culpa dela, alguém nos bastidores colocou a fita errada na hora de entrar no ar. Erro grave, ele deve ter levado um sabão bem bonito do editor-chefe, mas quem pagou foi ela, ao ser "escaldada" pelos telespectadores. O terceiro erro é uma questão de fuso horário -- ou de falta de óculos. Com um relógio apontando 13h39, ela lê "no horário de Brasília, uma hora e trinta minutos".
Confira, abaixo, o vídeo com a seqüência de escorregadas na banana:
Na primeira seqüência, a pior de todas, ela volta muito mal de uma matéria: se perde e demora uns 30 segundos -- uma eternidade no telejornalismo -- para se encontrar e, ainda assim, insegura e com um olho arregalado de dar dó. Provavelmente ela não estava companhando o TP ou o espelho do jornal. O resultado é que ela assume que se perdeu e ainda solta um "gente, não dá!" no meio do mico, provavelmente ouvindo três vozes ao mesmo tempo no ponto do ouvido.
O segundo erro é quando ela chama uma matéria sobre o cantor David Byrne (lendo errado o nome dele), mas entra um VT do Dia dos Namorados... não foi culpa dela, alguém nos bastidores colocou a fita errada na hora de entrar no ar. Erro grave, ele deve ter levado um sabão bem bonito do editor-chefe, mas quem pagou foi ela, ao ser "escaldada" pelos telespectadores. O terceiro erro é uma questão de fuso horário -- ou de falta de óculos. Com um relógio apontando 13h39, ela lê "no horário de Brasília, uma hora e trinta minutos".
Confira, abaixo, o vídeo com a seqüência de escorregadas na banana:
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domingo, 8 de junho de 2008
A barrigada e a demissão
Notícia publicada no blog Jornalismo nas Américas, do Knight Center for Journalism in the Americas, sobre uma barrigada feia* de um jornalista da Globo News.
TV demite jornalista que pôs no ar falsa notícia de queda de avião
*Por Marcelo Soares
A emissora de TV a cabo Globo News demitiu o jornalista responsável pela notícia falsa da queda de um avião em São Paulo há duas semanas, segundo a Folha de S.Paulo. A informação errada, diz a Folha, teria sido passada ao jornalista pela Defesa Civil.
Em 20 de maio, durante 15 minutos, a emissora transmitiu imagens de um prédio em chamas e atribuiu-as à queda de um avião, informando inclusive a empresa aérea que supostamente o operaria. Todos os websites de notícias em tempo real reproduziram a informação. Ao final, tratava-se de um incêndio numa loja de colchões.
Em artigo no Observatório da Imprensa, o chefe da assessoria de comunicação do órgão regulador da aviação civil, Paulo Henrique de Noronha, afirma que houve uma conversa de rádio entre um piloto do avião da Pantanal, que avistou o incêndio, e a torre de controle. Para ele, a confusão surgiu quando algum radioamador captou o áudio e levou as informações para alguma redação. Noronha diz que a primeira emissora a dar a notícia não foi a Globo News, e sim a rádio Jovem Pan.
Pena que ninguém dos meios que divulgaram a notícia deu nome ao boi.
*Barrigada ou barriga: publicação de notícia falsa em meios de comunicação
TV demite jornalista que pôs no ar falsa notícia de queda de avião
*Por Marcelo Soares
A emissora de TV a cabo Globo News demitiu o jornalista responsável pela notícia falsa da queda de um avião em São Paulo há duas semanas, segundo a Folha de S.Paulo. A informação errada, diz a Folha, teria sido passada ao jornalista pela Defesa Civil.
Em 20 de maio, durante 15 minutos, a emissora transmitiu imagens de um prédio em chamas e atribuiu-as à queda de um avião, informando inclusive a empresa aérea que supostamente o operaria. Todos os websites de notícias em tempo real reproduziram a informação. Ao final, tratava-se de um incêndio numa loja de colchões.
Em artigo no Observatório da Imprensa, o chefe da assessoria de comunicação do órgão regulador da aviação civil, Paulo Henrique de Noronha, afirma que houve uma conversa de rádio entre um piloto do avião da Pantanal, que avistou o incêndio, e a torre de controle. Para ele, a confusão surgiu quando algum radioamador captou o áudio e levou as informações para alguma redação. Noronha diz que a primeira emissora a dar a notícia não foi a Globo News, e sim a rádio Jovem Pan.
Pena que ninguém dos meios que divulgaram a notícia deu nome ao boi.
*Barrigada ou barriga: publicação de notícia falsa em meios de comunicação
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segunda-feira, 2 de junho de 2008
Escola Base não fica impune
Sob o ainda risco de se figurar como uma predecessora do Caso Isabella, o Caso Escola Base reaparece na mídia (não na intensidade de divulgação que deveria ter). Segundo divulgou o Portal Imprensa, o grupo que hoje publica o jornal Folha de S. Paulo foi condenado pelos erros cometidos na cobertura do caso.
Catorze anos depois da tragédia midiática, o Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o Grupo Folha da Manhã a pagar uma indenização no valor de R$ 200 mil para o garoto R.F.N, que hoje tem 18 anos. Ele foi apontado em março de 1994, pelo jornal Folha da Tarde, como vítima de abuso sexual dos próprios pais.
O TJ argumentou que o jornal usou uma manchete "escandalosa e sensacionalista" que ultrapasou a liberdade de informar, e não preservou a honra moral de uma criança de, na época, quatro anos.
No preíodo, o jornal e outros meios de comunicação afirmaram que seis pessoas estavam envolvidas no abuso sexual de crianças na escola de educação infantil, localizada em São Paulo. As informações foram repassadas pelo delegado que conduzia o inquérito policial, a partir dos depoimentos de duas mães de alunos. O jornal colocou, na primeira página, a grotesca e tosca manchete: "Perua escolar carregava as crianças para a orgia".
A Folha da Manhã se defendeu afirmando que a manchete se limitou a reproduzir as informações oficiais. Até aí, menos mal. Mas o grupo também sustentou ter tomao todo o cuidado para evitar pré-julgamentos ou especulações de ordem subjetiva, e que não existiria prova de dano moral. Utilizando esta manchete? Deste jeito? Com muita razão a Justiça discordou.
Eu nunca tive o desprazer de ver a palavra "orgia" escrita num veículo de comunicação de tal forma. É angustiante e revoltante saber que certos veículos se prestaram e se prestam a tal papel. Esperemos que o mesmo não aconteça ainda em 2008.
Catorze anos depois da tragédia midiática, o Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o Grupo Folha da Manhã a pagar uma indenização no valor de R$ 200 mil para o garoto R.F.N, que hoje tem 18 anos. Ele foi apontado em março de 1994, pelo jornal Folha da Tarde, como vítima de abuso sexual dos próprios pais.
O TJ argumentou que o jornal usou uma manchete "escandalosa e sensacionalista" que ultrapasou a liberdade de informar, e não preservou a honra moral de uma criança de, na época, quatro anos.
No preíodo, o jornal e outros meios de comunicação afirmaram que seis pessoas estavam envolvidas no abuso sexual de crianças na escola de educação infantil, localizada em São Paulo. As informações foram repassadas pelo delegado que conduzia o inquérito policial, a partir dos depoimentos de duas mães de alunos. O jornal colocou, na primeira página, a grotesca e tosca manchete: "Perua escolar carregava as crianças para a orgia".
A Folha da Manhã se defendeu afirmando que a manchete se limitou a reproduzir as informações oficiais. Até aí, menos mal. Mas o grupo também sustentou ter tomao todo o cuidado para evitar pré-julgamentos ou especulações de ordem subjetiva, e que não existiria prova de dano moral. Utilizando esta manchete? Deste jeito? Com muita razão a Justiça discordou.
Eu nunca tive o desprazer de ver a palavra "orgia" escrita num veículo de comunicação de tal forma. É angustiante e revoltante saber que certos veículos se prestaram e se prestam a tal papel. Esperemos que o mesmo não aconteça ainda em 2008.
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