O Olha Você, do SBT, foi criado para ser o produto de Silvio Santos a fazer parte da categoria de programas como Mais Você, da Globo, e Hoje em Dia, da Record. Mas o OV ainda não se encontrou, aliás, como muita coisa ainda no seu canal.
O ibope da atração não estar agradando e a dinâmica entre os quatro apresentadores nao é muito boa -- já soube até de pitis nos bastidores entre Claudete Troiano e Ellen Jabour. Coincidência ou não, o site da atração lembra -- e muito -- o layout do concorrente global. (confira abaixo)
E até no quesito notícias a coisa não anda muito bem. Em dia de sexta, o Olha Você exibe um resumo da semana, com as principais notícias que foram ao ar nos dias anteriores. A idéia é ótima, mas mal cumprida. Quem não conseguiu acompanhar o noticiário, é analfabeto ou está com a imagem ruim na TV, não consegue saber o que se passou no Resumão. A produção do programa simplesmente coloca uma seleção de imagens com a sigla do estado em cima e uma espécie de retranca embaixo. Não consegui um vídeo pra mostrar aqui, mas o resultado é você vendo, por exemplo, a sigla SP com a retranca "momentos de terror" e imagens de um cativeiro ou de uma pessoa presa. O que foi que aconteceu, quando aconteceu, como aconteceu? Vá na internet pra saber... Nem uma linhazinha é dita sobre as notícias.
Nem tudo dá pra pegar no ar, e televisão não pode trabalhar com esta premissa. Cadê os jornalistas da equipe pra colocarem um texto neste Resumo?
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Falha Nossa: Gato na previsão do tempo
Você já ouviu falar de previsão do tempo apresentada por homens, mulheres, pessoas semi-nuas (ou você já esqueceu dos jornais com topless que rolaram há alguns anos na Europa?) e até em noivado na hora de informar se vai chover ou não.
E um animal, mais precisamente um gato? Foi o que quase aconteceu com uma emissora alemã. O apresentador Jörg Kachelmann foi surpreendido por um rabinho passando na parte de baixo quando ele falava sobre as massas de ar quente e ar frio na Alemanha. Não aguentando sentir o bichano roçando em suas pernas (e com medo do mico ser maior, certamente), ele pegou o gato no colo e ficou com ele, tranquilo, até o final do boletim. Um detalhe: fazendo até carinho...
De acordo com a Reuters, Lupin, o gato, pertence a um funcionário da emissora que está viajando. E como raios este gato entrou (e ficou!) no estúdio?
Vi no site de Patrícia Kogut, direto para o Falha Nossa.
E um animal, mais precisamente um gato? Foi o que quase aconteceu com uma emissora alemã. O apresentador Jörg Kachelmann foi surpreendido por um rabinho passando na parte de baixo quando ele falava sobre as massas de ar quente e ar frio na Alemanha. Não aguentando sentir o bichano roçando em suas pernas (e com medo do mico ser maior, certamente), ele pegou o gato no colo e ficou com ele, tranquilo, até o final do boletim. Um detalhe: fazendo até carinho...
De acordo com a Reuters, Lupin, o gato, pertence a um funcionário da emissora que está viajando. E como raios este gato entrou (e ficou!) no estúdio?
Vi no site de Patrícia Kogut, direto para o Falha Nossa.
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segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Regras jornalísticas (sic) sobre o Oriente Médio
Gasto de neurônios. De energia. De vidas. Estão no ar há mais de uma semana as ofensivas recíprocas de Israel X Palestina. A disputa, a guerra, e o egoísmo fazem mais vítimas. Que estresse dos governantes dos dois países que nada; quem sofre mesmo são os civis, muitos que não têm nada a ver com isso e estão mais à frente, querem paz. Uma disputa desigual -- são, até agora, 555 mortos do lado palestino e 5 do lado israelense. E vemos George W. Bush se despedir de seu governo com as mesmas atitudes do resto dos oito anos, pró-bélicas: Israel tem o direito de "se defender". A que preço?
Mais que reproduzir, a mídia internacional assiste a tudo de camarote, reproduzindo discursos das grandes potências. Abaixo, um texto de autoria anônima que recebi por e-mail, e que teria sido enviado por um leitor ao site da Agência Carta Maior. Ele me lembrou um um pouco aqueles discursos radicais, mas tem um generoso fundo de verdade; vale refletir.
Doze regras de redação da grande mídia internacional quando a notícia é sobre o Oriente Médio:
1. No Oriente Médio, são sempre os árabes que atacam primeiro e sempre Israel que se defende. Esta defesa chama-se "represália".
2. Os árabes, palestinos ou libaneses não têm o direito de matar civis. Isto se chama "terrorismo".
3. Israel tem o direito de matar civis. Isto se chama "legítima defesa".
4. Quando Israel mata civis em massa, as potências ocidentais pedem que seja mais comedida. Isto se chama "reação da comunidade internacional".
5. Os palestinos e os libaneses não têm o direito de capturar soldados de Israel dentro de instalações militares com sentinelas e postos de combate. Isto se chama "seqüestro de pessoas indefesas."
6. Israel tem o direito de seqüestrar a qualquer hora e em qualquer lugar quantos palestinos e libaneses desejar. Atualmente, são mais de 10 mil presos, 300 dos quais são crianças e 1000 são mulheres. Não é necessária qualquer prova de culpabilidade. Israel tem o direito de manter seqüestrados presos indefinidamente, mesmo que sejam autoridades democraticamente eleitas pelos palestinos. Isto se chama "prisão de terroristas".
Mais que reproduzir, a mídia internacional assiste a tudo de camarote, reproduzindo discursos das grandes potências. Abaixo, um texto de autoria anônima que recebi por e-mail, e que teria sido enviado por um leitor ao site da Agência Carta Maior. Ele me lembrou um um pouco aqueles discursos radicais, mas tem um generoso fundo de verdade; vale refletir.
Doze regras de redação da grande mídia internacional quando a notícia é sobre o Oriente Médio:
1. No Oriente Médio, são sempre os árabes que atacam primeiro e sempre Israel que se defende. Esta defesa chama-se "represália".
2. Os árabes, palestinos ou libaneses não têm o direito de matar civis. Isto se chama "terrorismo".
3. Israel tem o direito de matar civis. Isto se chama "legítima defesa".
4. Quando Israel mata civis em massa, as potências ocidentais pedem que seja mais comedida. Isto se chama "reação da comunidade internacional".
5. Os palestinos e os libaneses não têm o direito de capturar soldados de Israel dentro de instalações militares com sentinelas e postos de combate. Isto se chama "seqüestro de pessoas indefesas."
6. Israel tem o direito de seqüestrar a qualquer hora e em qualquer lugar quantos palestinos e libaneses desejar. Atualmente, são mais de 10 mil presos, 300 dos quais são crianças e 1000 são mulheres. Não é necessária qualquer prova de culpabilidade. Israel tem o direito de manter seqüestrados presos indefinidamente, mesmo que sejam autoridades democraticamente eleitas pelos palestinos. Isto se chama "prisão de terroristas".
7. Quando se menciona a palavra "Hezbollah", é obrigatório que a mesma frase contenha a expressão "apoiado e financiado pela Síria e pelo Irã".
8. Quando se menciona "Israel", é proibida qualquer menção à expressão "apoiado e financiado pelos EUA". Isto pode dar a impressão de que o conflito é desigual e que Israel não está em perigo de existência.
9. Quando se referir a Israel, são proibidas as expressões "territórios ocupados", "resoluções da ONU", "violações dos direitos humanos" ou "Convenção de Genebra".
10. Tanto os palestinos quanto os libaneses são sempre "covardes", que se escondem entre a população civil a qual "não os quer". Se eles dormem em suas casas, com suas famílias, a isto se dá o nome de "covardia". Israel tem o direito de aniquilar com bombas e misseis os bairros onde eles estão dormindo. Isto se chama "ação cirúrgica de alta precisão".
11. Os israelenses falam melhor o inglês, o francês, o espanhol e o português que os árabes. Por isso, eles e seus apoiadores devem ser mais entrevistados e ter mais oportunidades do que os árabes para explicar as presentes 'regras de redação' (de 1 a 10) ao grande público. Isso se chama "neutralidade jornalística".
12. Todas as pessoas que não estão de acordo com as 'regras de redação' acima expostas são "terroristas anti-semitas de alta periculosidade".
8. Quando se menciona "Israel", é proibida qualquer menção à expressão "apoiado e financiado pelos EUA". Isto pode dar a impressão de que o conflito é desigual e que Israel não está em perigo de existência.
9. Quando se referir a Israel, são proibidas as expressões "territórios ocupados", "resoluções da ONU", "violações dos direitos humanos" ou "Convenção de Genebra".
10. Tanto os palestinos quanto os libaneses são sempre "covardes", que se escondem entre a população civil a qual "não os quer". Se eles dormem em suas casas, com suas famílias, a isto se dá o nome de "covardia". Israel tem o direito de aniquilar com bombas e misseis os bairros onde eles estão dormindo. Isto se chama "ação cirúrgica de alta precisão".
11. Os israelenses falam melhor o inglês, o francês, o espanhol e o português que os árabes. Por isso, eles e seus apoiadores devem ser mais entrevistados e ter mais oportunidades do que os árabes para explicar as presentes 'regras de redação' (de 1 a 10) ao grande público. Isso se chama "neutralidade jornalística".
12. Todas as pessoas que não estão de acordo com as 'regras de redação' acima expostas são "terroristas anti-semitas de alta periculosidade".
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domingo, 4 de janeiro de 2009
Falando de TV
De volta das mini-férias...
Em 2008, passei a companhar o blog de Patrícia Kogut, que conheci através da newsletter do jornal O Globo On-line. A autora fala sobre a televisão e seus bastidores, tanto de canais abertos e fechados. Eu, que sou uma viciada em TV e adoro acompanhar o que este tubo oferece na área de entretenimento (ou você acha que eu só vejo jornal?), me fidelizei. E vale ressaltar: apesar de conter alguns fatos de backstage, o site não é de fofocas; quem quiser saber disso vai pro Ego e estará bem servido.
Não sei se por demanda ou por "filiação profissional", mas lá é um bom local para saber das novidades e informações de novelas e atrações da TV Globo. Mas se engana que acha se trata de puro corporativismo. Com frequência, Patrícia critica as novelas e séries da emissora, inclusive colocando-as na seção Nota 10 / Nota 0 -- e dá pra ver várias notas mínimas inclusive pra campeã de audiência A Favorita; uma delas falava até da câmera, que tremia de deixar o telespectador tonto (adjetivo dela) em uma certa cena.
Elogios - Dá pra destacar vários pontos positivos da página de Kogut; o primeiro, de que já falei acima, é o senso crítico ativo da autora. De um modo geral, os posts costumam ficar nos fatos e notícias do segmento. Mas tanto na seção Nota 10 / Nota 0 quanto nos seus textos, ela coloca sua opinião à tona de forma precisa, direta e fundamentada (não estou aqui dizendo se concordo ou não com tudo o que ela diz...). Mas acho que isso poderia ser feito com mais frequência (sem trema agora), afinal, o formato permite. Foram poucas as vezes em que vi posts puramente opinativos, em que ela se dispõe a analisar um produto, como neste aqui sobre a novela Três Irmãs.
Meus outros dois elogios vão para dois caracteres elementares do formato blog que ela segue muito bem: a interatividade e o dinamismo. Os leitores estão sempre mandando e-mails para a blogueira, além de enviarem, diariamente, suas sugestões de notas 10 e 0. É tudo além do bom e velho comentário. Não só este canal é aberto e ativo como ela o expõe, coloca no ar a opinião do leitor sobre os produtos que ela analisa. No site, ela e leitores constroem uma relação estreita. Na lateral esquerda do blog, você pode ver as notas dos leitores e enviar a sua. Sobre o segundo ponto, quem acessa o blog com frequência percebe que Kogut atualiza sua página todos os dias, várias vezes por dia (na casa de ferreiro o espeto é de pau, leitor, mas dê um desconto, tenho faculdade e emprego...). Como a internet e a TV, Patrícia é dinâmica, ativa.
Outro ponto positivo para a abrangência do objeto. A autora consegue lidar muito bem com a demanda de falar sobre séries e programas de canais diversos da TV aberta e fechada, nacional e internacional. Mas, elementar, há uma concentração nos canais abertos, mais acessíveis.
Mas uma coisa fundamental em um blog é a presença de hiperlinks, e isso ela não tem. Quando ela cita programas e redes de TV com sites ela não coloca os links nas palavras. Por vezes em que ela simplesmente digita o link, o leitor tem que copiá-lo e colocá-lo no navegador. Update, né, Kogut?
Concorrente - O blog Teleguiados, de Cristina Padiglione, é do mesmo segmento. Ele está dentro dos blogs do Estadão, e seu conteúdo é menos concentrado nas novelas da globo. Eu o conheci há poucos dias, e não tenho tantos elementos para formar uma opinião sobre ele quanto tive com o de Patrícia. Mas, desde já, percebi que Cristina é mais opinativa -- são sequências em que ela analisa/critica/elogia produções da TV. E sua língua ainda me pareceu mais ferina... No entanto, o ponto negativo vai para a frequência da atualização. Ela já deixou um espaço de até 19 dias sem postar, isso sem estar de férias. O último post dela, até a publicação deste texto, data do dia 30 do mês passado.
Em 2008, passei a companhar o blog de Patrícia Kogut, que conheci através da newsletter do jornal O Globo On-line. A autora fala sobre a televisão e seus bastidores, tanto de canais abertos e fechados. Eu, que sou uma viciada em TV e adoro acompanhar o que este tubo oferece na área de entretenimento (ou você acha que eu só vejo jornal?), me fidelizei. E vale ressaltar: apesar de conter alguns fatos de backstage, o site não é de fofocas; quem quiser saber disso vai pro Ego e estará bem servido.
Não sei se por demanda ou por "filiação profissional", mas lá é um bom local para saber das novidades e informações de novelas e atrações da TV Globo. Mas se engana que acha se trata de puro corporativismo. Com frequência, Patrícia critica as novelas e séries da emissora, inclusive colocando-as na seção Nota 10 / Nota 0 -- e dá pra ver várias notas mínimas inclusive pra campeã de audiência A Favorita; uma delas falava até da câmera, que tremia de deixar o telespectador tonto (adjetivo dela) em uma certa cena.
Elogios - Dá pra destacar vários pontos positivos da página de Kogut; o primeiro, de que já falei acima, é o senso crítico ativo da autora. De um modo geral, os posts costumam ficar nos fatos e notícias do segmento. Mas tanto na seção Nota 10 / Nota 0 quanto nos seus textos, ela coloca sua opinião à tona de forma precisa, direta e fundamentada (não estou aqui dizendo se concordo ou não com tudo o que ela diz...). Mas acho que isso poderia ser feito com mais frequência (sem trema agora), afinal, o formato permite. Foram poucas as vezes em que vi posts puramente opinativos, em que ela se dispõe a analisar um produto, como neste aqui sobre a novela Três Irmãs.
Meus outros dois elogios vão para dois caracteres elementares do formato blog que ela segue muito bem: a interatividade e o dinamismo. Os leitores estão sempre mandando e-mails para a blogueira, além de enviarem, diariamente, suas sugestões de notas 10 e 0. É tudo além do bom e velho comentário. Não só este canal é aberto e ativo como ela o expõe, coloca no ar a opinião do leitor sobre os produtos que ela analisa. No site, ela e leitores constroem uma relação estreita. Na lateral esquerda do blog, você pode ver as notas dos leitores e enviar a sua. Sobre o segundo ponto, quem acessa o blog com frequência percebe que Kogut atualiza sua página todos os dias, várias vezes por dia (na casa de ferreiro o espeto é de pau, leitor, mas dê um desconto, tenho faculdade e emprego...). Como a internet e a TV, Patrícia é dinâmica, ativa.
Outro ponto positivo para a abrangência do objeto. A autora consegue lidar muito bem com a demanda de falar sobre séries e programas de canais diversos da TV aberta e fechada, nacional e internacional. Mas, elementar, há uma concentração nos canais abertos, mais acessíveis.
Mas uma coisa fundamental em um blog é a presença de hiperlinks, e isso ela não tem. Quando ela cita programas e redes de TV com sites ela não coloca os links nas palavras. Por vezes em que ela simplesmente digita o link, o leitor tem que copiá-lo e colocá-lo no navegador. Update, né, Kogut?
Concorrente - O blog Teleguiados, de Cristina Padiglione, é do mesmo segmento. Ele está dentro dos blogs do Estadão, e seu conteúdo é menos concentrado nas novelas da globo. Eu o conheci há poucos dias, e não tenho tantos elementos para formar uma opinião sobre ele quanto tive com o de Patrícia. Mas, desde já, percebi que Cristina é mais opinativa -- são sequências em que ela analisa/critica/elogia produções da TV. E sua língua ainda me pareceu mais ferina... No entanto, o ponto negativo vai para a frequência da atualização. Ela já deixou um espaço de até 19 dias sem postar, isso sem estar de férias. O último post dela, até a publicação deste texto, data do dia 30 do mês passado.
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