sábado, 2 de janeiro de 2010

Falha Nossa - Limpando a sujeira

O ano não começou muito bem para Boris Casoy - sua imagem abre 2010, literalmente, suja, depois de um incidente (e não acidente) no Jornal da Band do dia 31.

Na véspera de Reveillon, o JB estava exibindo vídeos em suas passagens de bloco com mensagens de cidadãos brasileiros desejando um feliz Ano Novo pros brasileiros. Numa destas, foi a vez de dois garis darem seus votos para 2010.

Aí, danou-se. Logo depois da vinheta, o áudio dos microfones de apresentadores do Jornal da Band (naquele dia estavam Bóris, Milena Machado e Joelmir Beting nos comentários) vazou e os comerciais não entraram. Achando que ninguém de fora o estava ouvindo, ele fez um comentário, no mínimo, inoportuno sobre os garis: "Que m...! Dois lixeiros desejando felicidades do alto das suas vassouras. Dois lixeiros! O mais baixo da escala do trabalho…" Confira o vazamento no vídeo abaixo:



É, deu pau mesmo. Será que quem falou isso o fez apenas no sentido técnico ou imaginou o pau que iam descer em Boris depois disso? Ouvintes ligaram revoltados para a Band reclamando do comentário dele. Seja o que for, no dia seguinte, Boris cumpriu sua obrigação: no Jornal da Band do dia 1º de Janeiro, fez um pedido de desculpas no meio da edição.



Mas só foi isso mesmo, sua obrigação. O comentário foi tão breve que não dizia nada. Apenas que ele fez meramente o que tinha que fazer.

Bug da Virada

O blogspot andou problemático no final do ano e eu não tava podendo passar por aqui (nem sequer abrir o site) desde o Natal! Agora tô de volta, para continuar, no ano de 2010, metendo a língua!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A palavra do presidente

Foi mesmo A SENSAÇÃO do dia, conforme ele mesmo previra. O nosso presidente Lula, mas uma vez, se empolga em um discurso pelo país e usa a sua linguagem própria, jeito de falar sumariamente brasileiro e tão longe do convencional "presidenciês", para dizer o que o povo gosta. Anunciando a construção de casas pelo programa Minha Casa, Minha Vida, o presidente diz que quer saber "se o povo está na merda, porque ele vai tirar o povo da merda..." -- com sua licença, espectador, a palavra foi reproduzida numa tentativa de não se alterar a apreensão do discurso.

Logo em seguida, ele tratou de emendar que já sabia que os jornalistas e colunistas de todos os grances jornais iam cair em cima dele porque ele falou "merda" na televisão.  Ele deve ter imaginado, também, mesmo sem verbalizá-lo, que seria alvo, inclusive, de muitas piadas -- no mínimo, a clichê "o presidente falou merda no discurso, qual é a novidade?". Para diminuir o impacto, Lula disse que sabia que os jornalistas falam mais palavrão que ele todo dia. Ele estava certo: meus colegas de profissão foram pra cima feito urubu em carniça, mas também estavam certos.

Presidente, há um fundo de verdade no argumento que você escolheu para eufemizar o impacto de seu "palavrão". (eu, particularmente, não acho que "m..." seja palavrão, por isso as aspas; uso esta expressão aqui por não achar um termo melhor). Jornalistas, economistas, ministros, políticos, garis, advogados e boa parte da torcida do Flamengo usam, sim, muitos palavrões no seu dia-a-dia. Aliás, nós, jornalistas, falamos muitas palavras de baixo calão, mesmo porque, às vezes, para extravasar as muitas intempéries típicas da nossa profissão, palavras regulares não são suficientes.

Mas seu argumento está errado, Lula. Nossas "merdas", "f...as", "p... q... p...", "c..." e afins não são publicadas, veiculadas em rádio ou tv, ditas ao Deus dará para todo mundo ouvir. Nossa profissão não o permite. Esbarramo-nos nos limites de nossa deontologia e da moral, mesmo, por mais brega que esta palavra possa soar. (mas este é um post sobre palavras incorretas, mesmo...) Falar o que o povo quer ouvir, tentar exprimir 'revolta sincera' não justifica, literalmente, que você fale "merda". Outras expressões fortes poderiam representar o que você queria dizer. E, como representante máximo do Executivo, você deveria ter pensado nisso antes.

Mas, convenhamos, não é novidade nenhuma um político falar e/ou agir antes de pensar. Nosso país está na "m..." que está por causa disso.

Repórter entrevista mudo

O que se produz nas emissoras de TV deste Brasil às vezes é inacreditável... Ai, se as equipes de Bocão e Que Venha o Povo assistem a uma coisa dessas...

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Desarmonia do Samba

O título e o toque foram do Kibe Loco. E merecem, MUITO, que metamos a língua! Domingo Legal chama a apresentação de Harmonia do Samba e a produção coloca música de outra banda pra tocar. A cara de Xanddy é impagável...



Falha Nossa, é claro!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Falha Nossa: Record e Globo News discutem ao vivo por causa de link

Não podia deixar de colocar aqui, mesmo com atraso, o vídeo da semana quando o assunto é imprensa. Na quarta-feira passada de manhã, no programa Hoje em Dia, a repórter Venina Nunes, da Rede Record, invade o link (transmissão ao vivo em locação fora do estúdio) da Globo News com fonte do governo que passaria informação sobre o apagão no dia seguinte ao ocorrido. Ela e a repórter da GN Camila Bonfim discutem, Celso Zucatelli, novo apresentador do Hoje em Dia, incita a intromissão no link, e o assessor de imprensa do Ministério de Minas e Energia dá um baita sabão na Record AO VIVÍVSSIMO.

Não foi primeiro lugar no Top Five do CQC à toa.


sábado, 14 de novembro de 2009

Cadê a peneira?

Esta semana, a TV Aratu trouxe ao conhecimento dos baianos o caso de um auxiliar de serviços gerais que achou uma mandioca fora do comum no seu quintal: a raiz, simplesmente, tem um metro e meio de comprimento e pesa 30 quilos. Sim, é isso mesmo. Por mais piadinhas infames que esta notícia possa gerar, os números são verídicos.

O Aratu On Line, portal da emissora, fez o que era esperado e também colocou esta notícia no ar, com fotos do tubérculo. Um espectador comentou o acontecimento -- e aí, o que poderia ser apenas infame, ficou grosseiro e de baixo calão. Ele comparou a mandioca ao pênis dele, mas usando um termo pior ("parece com a minha p...") e que não sou eu quem vai repetir.

O detalhe é que o erro pior não foi dele de fazer um comentário deste tipo num site de notícias. Foi da equipe do site de não filtrar o comentário e o retirar do ar. Não estou sendo moralista; apenas acho razoável pressupor que palavrões e termos de baixo calão não devem estar em sites de conteúdo informativo, pra todo mundo ver.

Amplie a imagem abaixo, em que aparecem as fotos da mandioca e o comentário do rapaz. Aqui, sem o palavrão.